segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tomossíntese da mama

Tomossíntese da mama

A Tomossíntese da mama é uma técnica em desenvolvimento aplicada à mama, que adquire imagens 3D do tecido mamário comprimido em diferentes planos durante um curto tempo. As imagens individuais são posteriormente reconstruídas em séries de cortes finos de alta-resolução que podem ser visualizados individualmente ou de um modo dinâmico.

Os cortes finos reconstruídos reduzem ou eliminam os problemas causados pelo tecido sobreposto e o ruído da estrutura anatómica que aparecem na imagem 2D da mamografia digital.

Como funciona a tomossíntese da mama?

Aquisição:

A mama é comprimida numa maneira padrão. A mama permanece estacionaria enquanto a ampola de raios-x roda sobre uma range de ângulos limitada. As séries de cortes com baixa dose são efectuados em cada grau, criando uma série de imagens digitais. Tipicamente, a ampola roda cerca de 10-20 graus e efectua 10-20 exposições em cada 1º durante os 5 segundos ou menos, que é a duração total do exame. As imagens individuais são projecções embora apresente diferentes ângulos e essas imagens são posteriormente reconstruídas em cortes.

A tomossíntese é capaz de adquirir imagens em qualquer direcção, não só nas posições CC(craniocaudal) ou na OML ( obliqua mediolateral).

Em relação ao movimento da ampola, este pode ser: continuo ou step-and-shoot*. O movimento continuo de exposições de raios-x devem ser curtas o suficiente para evitar a distorção da imagem devido ao movimento do spot focal. Se o movimento é step-and-shoot é utilizado, a gantry deve alcançar a paragem completa em cada ângulo, senão a vibração irá distorcer a imagem.

O critério mais importante é duração total do exame que deve ser a mais pequena possível, para reduzir a possibilidade de movimento do paciente, o que reduz a visibilidade de pequenas microcalcificações.

Requerimentos do Sistema de Tomossíntese:

Eficiência do detector e Dose: Esta técnica consiste numa serie de exposições com baixa dose. Para cada aquisição, a dose representa cerca de 5-10% comparando com uma incidência de mamografia. Devido à baixa dose, os detectores da imagem devem ter uma elevada eficiência quantitativa e baixo ruído, como é o caso dos detectores baseados é selénio, com elevada Detecção da Eficiência Quântica, maior que 95% da absorção da energia dos raios-x na mamografia e rápido capacidades de leitura. com um detector de selénio, o exame de tomossíntese é executado com a mesma radiação que a mamografia digital.
Modos de aquisição: Deve ser capaz de utilizar orientações padrão, não apenas a CC e OML e também executar a normal a mamografia 2D e a tomossíntese com a mesma compressão. Para isso, necessário uma retracção automática da grelha, assim o sistema pode mudar rapidamente e automaticamente entre os modos 2D e 3D.
Reconstrução das imagens:
Segundo a Figura 1, o processo de reconstrução da tomossíntese da mama consiste no cálculo das imagens de alta-resolução dos planos paralelos ao suporte da mama. Tipicamente, as imagens são reconstruídas com uma distância de separação entre cortes de 1mm, assim 5 cm de mama comprimida terá 50 cortes reconstruídos. Um tempo de reconstrução pequeno é essencial, especialmente quando a tomossíntese começa a ser considerada importante para estudos de intervenção e por isso é importante manter o processamento após aquisição a 10 segundo ou menos.

Método de Visualização:

Os cortes reconstruídos podem ser visualizados de maneira semelhante aos cortes de TC. O técnico pode visualizar as imagens uma de cada vez ou em movimento. as projecções originais são idênticas à mamografia convencional, embora cada uma apresenta baixa dose, e podem ser visualizadas também, caso seja necessário. se o sistema adquirir mamografias 2D e 3D com a mesma compressao, imagens destas duas modalidades são completamente registadas. As workstations usam interfaces que permitem ama rápida mudança entre estes dois modos que facilita a revisão das imagens,e permite a identificação rápida de lesões numa modalidade com correspondência da lesão noutra modalidade.

Vantagens:
  • Diminuição de erros;
  • Menos biopsias;
  • Aumento da detecção de neoplasia - resolve os problemas de sobreposição de tecido que são a maior fonte de erros e exames adicionais de mamografia. a taxa de biopsia poderá diminuir também embora aumente visualização de objectos suspeitos. em algumas patologias que são ocultas na mamografia podem ser identificadas com a eliminação do ruído da estrutura;
  • Redução de dose;
  • Localização da lesão - o corte determina a localização exacta com uma coordenada 3D no interior da mama, permitindo que os métodos de amostras de biopsia podem ser executados usando as coordenada geradas pelo aparelho;
  • Rápido tempo de revisão;
  • Redução da pressão da compressão - a compressão tem a finalidade de diminuir os tecidos sobreposto e por isso com esta técnica não é necessária elevada compressão. a compressão necessária é para manter a imobilização do paciente e separar ao máximo o tecido mamário da parede torácica;
  • Um plano versus dois planos - podia apenas necessitar aquisições num unico como OML, devido à natureza 3D das imagens mas isso não é verdade. A tomossíntese necessita de ambos os planos OML e CC. Isto não é surpreendente, porque a tomossíntese é diferente das outras modalidades 3D como a TC pois não consegue gerar reconstruções multi-planares como coronal e sagital. Existem algumas patologias que apresentam formas alongadas, planas ou não esféricas que podem ser melhor visualizadas numa orientação do que outra. Uma recente investigação sobre tomossíntese conclui que 9% das neoplasias eram visualizados no plano CC mas não no plano OML.
Comparação entre Mamografia Convencional e Tomossíntese da Mama

Na Figura 2 e 3 são visualizados neoplasias que não eram visualizadas com mamografia convencional (imagens à tomossíntese são identificados (setas brancas).

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